quinta-feira, 19 de março de 2015

Na idade adulta (última parte)





Ficámos com o falecimento da minha avó.
Tive que reconhecer o corpo, que ir comprar roupa para lhe vestir para ir no caixão, tive que escolher o caixão, sempre sozinha com a minha mãe.
Fizemos o velório sozinhas as 2, sem ninguém. Por volta das 4, 5 da manha consegui convencer a minha mãe a irmos para casa descansar pois estava muito frio e o dia seguinte ia ser muito duro.
No dia do enterro, assistimos à missa e eu cada vez mais me ia consciencializando de que nunca mais veria a minha avó. O meu pai chegou no dia do funeral e tentou dar-me o apoio possível mas eu estava inconformada, nem ao enterro consegui assistir de tanto que chorava.
Tínhamos mudado de casa há pouco tempo, onde vivi sozinha durante um mês, tinha-me zangado com a minha mãe até que foi despejada da outra casa pois quem tinha direito a ela era a minha avó e ela foi literalmente despejada e veio viver para a minha casa.
Com a morte da minha avó, entrei numa depressão profunda, só chorava, não queria ver nem estar com ninguém, deixei de comer, não tinha dinheiro nem vontade de comer. Desisto do negócio que tinha, entrei em baixa psiquiátrica e estive 3 meses em casa a sofrer com a morte da minha avó, sem dinheiro para nada, sem ter para pagar a renda da casa, a caução, comida, nada…
Andei assim este tempo todo até chegar um dia em que resolvi que não podia continuar assim e resolvi voltar ao trabalho.
Quando regressei ao trabalho, houve 2 ou 3 pessoas que vieram ter comigo com dinheiro na mão dizendo que sabiam pelo que estava a passar e que queriam ajudar e eu desatava a chorar de agradecimento…eles não percebiam porque chorava, mas eu chorava…nunca ninguém me tinha ajudado e eu não estava habituada a isso e fiquei-lhes grata para o resto da vida, eles nem imaginam o quanto lhes fiquei grata…
Lá fui recuperando e a minha vida foi melhorando…
Comecei a sair com amigas para me divertir, não queria saber de rapazes ou namorados, lá ia tendo um ou outro mas coisa que durava pouco tempo…
Havia um rapaz que pertencia ao nosso grupo que toda a vida julguei que não gostava nada de mim, estava sempre a embirrar comigo…
Um dia, estava eu muito aborrecida e ele veio ter comigo. E eu pensei que ele vinha embirrar comigo… mas ele queria saber o que eu tinha…
Não percebi nada!
Descobri que esse rapaz gostava de mim! E também ele achava que eu não gostava dele…
Acabámos por ficar juntos. Nunca chegamos a namorar pois no dia em que começámos a namorar, foi o dia em que me juntei com ele…
Engraçado…
A minha mãe não aceitou a situação, acabei por sair da minha casa e deixá-la lá.
Mudei de casa com ele, deixei-a para trás, optei por o escolher a ele, a minha mãe não me deu outra escolha…
Cerca de ano e meio resolvemos engravidar…
Foi a altura mais divertida da minha vida…
Passava a vida atrás dele para ver se engravidava e isto durou 2 meses, com ele a fugir de mim e eu atrás dele…
Só o que fazíamos era rir e o miúdo acabou por pegar.
Depois resolvemos durante a minha gravidez, comprar casa, foi mudanças, limpezas e tudo o mais comigo grávida!
O miúdo nasceu, tinha problemas respiratórios e cólicas e não dormia e eu também não. Cheguei a deixar-me dormir a dar-lhe biberon…
Andava exausta, aproveitava todos os momentos para dormir um bocadinho, emagreci 30 kilos com o cansaço…
Passados tempos, aos seus 3 anos teve que ser operado e ficou melhor de saúde. Tiveram que lhe tirar as amígdalas, os adenoides e também lhe operaram os ouvidos mas ele melhorou.
Passados uns tempos, comecei a ter problemas no trabalho, andava a estudar na universidade, só consegui fazer os 2 primeiros anos pois não tinha dinheiro para pagar as propinas e tive que desistir.
Entrei em depressão outra vez! Frustrada por não conseguir terminar o curso, com problemas no trabalho, achava que não servia para nada, que ninguém gostava de mim, que não fazia falta, que não era mãe para o meu filho, que não prestava nesse papel..
Esta depressão foi muito difícil, pensei várias vezes em suicídio, cheguei mesmo a abrir as portas do armário para tomar todos os medicamento que tinha para acabar comigo, mas no meio desta loucura, com a depressão não temos noção das coisas, a depressão tolda-nos a racionalidade, pensamos nas coisas de forma distorcida da realidade…
Quando abria as portas do armário dos medicamento, pensava, é hoje que acabo com tudo!
Mas tinha um laivo de racionalidade, de consciência, e pensava no meu filho, que direito tinha eu de fazer ao meu filho o que me fizeram a mim? Com que direito o ia expor a essa situação?
Fazê-lo sofrer o que sofri? E fechava o armário e mudava de ideia e ia-me embora.
Ainda hoje tomo medicamentos para dormir mas hoje em dia é só..
Mas já não os tomo por causa dos nervos, tomo-os para poder descansar porque estou num projecto novo que me põe constantemente a pensar no trabalho e preciso deles para desligar…
Este meu projecto novo é Internet Marketing, onde estamos a aprender todos os dias, é como uma universidade, melhor que as convencionais pois aprendes muito mais, tens o apoio de toda a gente, todos nos ajudamos uns aos outros, todos aprendemos uns com os outros.
Temos um sistema completamente automatizado que depois de montado, as coisas ficam programados e podes fazer outras coisas e divertir-te…
Aqui tu podes ser tu próprio, podes ser livre, independente, sem patrões, fazes a tua vida como queres…
Convido-te a juntar-te a nós…
Vem realizar os teus sonhos..
Vem lutar por eles, usa a tua motivação como motor para o teu trabalho
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